Disciplina - Geografia

Geografia

10/12/2011

Cingapura - Pequena notável

Pequena e exótica, mas moderna e luxuosa. A ilha de Cin­­gapura, nação de uma só cidade, transformou-se na porta de entrada da Ásia para turistas de todo o mundo. Não só pela quantidade de atrações que oferece, mas também porque 98% da população fala inglês e ninguém enfrenta problemas de comunicação. E, principalmente, porque apresenta, em seus apenas 710,2 km² (menos que o dobro da área de Curitiba), uma diversidade que remete a vários povos do Oriente.
O convívio harmonioso entre diferentes culturas e religiões é, justamente, o que torna o país tão interessante. Cerca de 74% de sua população é de origem chinesa; malaios são 14% e outros 9% são indianos. O restante é formado por imigrantes de outras regiões ou descendentes de índios nativos. Miscelânea que garante um choque cultural imediato: o turista se depara, a cada esquina, com a marca de alguma destas etnias.
Preparada cuidadosamente para receber os turistas, com investimentos milionários nas últimas décadas, Cingapura é uma caixa de surpresas. Principalmente para quem procura por um destino de luxo: a ilha é famosa pelas imponentes construções, hotéis cinco estrelas, cassinos e lojas de grife.
Explorando a ilha
Duas dicas são fundamentais para quem quiser conhecer Cingapura. A primeira: o calor é infernal. A temperatura varia entre 25 e 35ºC durante o ano todo, mesmo à noite. E uma caminhada ao sol pode ser de lascar. Portanto, protetor solar é fundamental. A segunda: prepare-se para ganhar alguns quilos. A culinária, de forma geral, chamará a atenção em toda parte e, antes mesmo de chegar à boca, a comida atrai pelo cheiro ou pelas cores.
Para começar a exploração, uma boa opção é a região do Merlion – o monumento-símbolo de Cingapura, com cabeça de leão e corpo de peixe –, que concentra a parte moderna da cidade, com arranha-céus incríveis e o centro financeiro. É a área mais ocidentalizada, com arquitetura moderna e extravagante.
De lá, pode-se avistar o Ma­­rina Bay Sands – hotel-cassino mais famoso do mundo, fundado em 2010. Formado por três torres, interligadas no topo por um terraço em forma de navio, possui 2,5 mil quartos – com diárias que variam de R$ 560 a até R$ 22.400 – centro de convenções, shopping com as mais famosas marcas do mundo e uma piscina de borda infinita gigantesca no último andar, a 200 metros de altitude. Partindo dali, vale um passeio a pé às margens do Singapore River. Lá está localizada a Clark Quay – antiga região de docas que, totalmente reformada, concentra atualmente o maior número de bares, restaurantes e casas noturnas do país. Do outro lado da ilha está Sentosa, bairro que abriga, entre outras atrações, praias, parques temáticos e a Universal Studios asiática, inaugurada também em 2010. A região, conhecida como o “playground predileto da Ásia”, abriga o outro cassino local e é repleta de hotéis e atrações para crianças. E, é claro, mais lojas de grife e restaurantes de luxo.
Parques
Cingapura possui também inúmeras áreas verdes. São cerca de 400 parques públicos. Entre os mais famosos está o Jardim Botânico, verdadeiro oásis de 52 hectares no coração da cidade, que atrai milhares de visitantes diariamente – principalmente os asiáticos, tradicionalmente mais ligados à jardinagem. A entrada é gratuita – apenas para ter aces­­so ao National Orchid Gar­­den é preciso pagar S$ 5 (cerca de R$ 7). Vale a pena: o colorido das orquídeas e sua enorme variedade – 20 mil no total – são impressionantes.
Outro parque bastante concorrido, especialmente para quem viaja com crianças, é o Singapore Zoo and Night Safari, que abriga mais de trezentas espécies – boa parte delas ameaçadas, como o tigre branco. Os animais não são colocados em jaulas, mas em ambientes abertos, separados dos visitantes apenas por paredes de vidro ou fossos. Muitos shows acontecem ao longo do dia e, à noite, o zoo fica aberto para que os visitantes observem os hábitos noturnos de alguns animais. O lugar abriga também a maior colônia de orangotangos em cativeiro no mundo e, durante as refeições no restaurante local – sim, ali também se come muita comida típica –, é possível posar para fotos e interagir com eles. Cerca de 1,6 milhão de pessoas visitam o zoo a cada ano.
Dura lex, sed lex
Cingapura regozija-se de ter leis rígidas – e respeitadas. Quem se atreve a descumpri-las sente o peso das duras penas impostas pela constituição local. Os turistas recebem uma mostra deste rigor ao chegar. Na alfândega, a polícia fornece um passe de livre trânsito, que deve ser anexado junto ao passaporte e usado durante a circulação no país. Nele, o alerta está em letras vermelhas e maiúsculas: “O TRANSPORTE DE DROGAS É PASSÍVEL DE PENA DE MORTE SEGUNDO AS LEIS DE CINGAPURA”. Todos os habitantes são unânimes em dizer que o país está livre da drogas. A última pena de morte foi aplicada há quatro anos.
Crimes em geral também são punidos com severidade, e há pouca chance de perdão. O reflexo é sentido nas ruas: Cingapura tem uma das menores taxas de criminalidade do mundo. Para quem está de passagem, a sensação de segurança é incrível. É possível andar a pé a qualquer hora do dia e da noite, usando jóias ou carregando uma máquina fotográfica, sem sentir-se ameaçado – mesmo sem haver qualquer sinal de forças policiais por perto.
Chicletes, não
Mas, atenção: as penalidades não são severas apenas para quem comete crimes graves. Pequenos deslizes podem resultar também em um rombo no bolso – inclusive dos turistas.
Circular de bicicleta pelas ruas, por exemplo, é permitido. Mas é proibido passar com elas por um dos túneis de pedestres que ligam as margens de inúmeras pontes espalhadas pela cidade: a multa prevista é de nada menos do que S$ 1 mil. Até mesmo um hábito bastante comum no Ocidente pode render multa: é proibido mascar chicletes, pois quando descartados, emporcalham a cidade e podem danificar algumas estruturas, como as portas do metrô. O comerciante que se atrever a vendê-los pode pegar até cadeia. E o turista desavisado que for flagrado pode pagar multa de até S$ 200. Outros (maus) hábitos passíveis de multa são cuspir, urinar ou jogar lixo nas ruas e atravessar fora da faixa de pedestres. Além disso, também a fim de evitar a sujeira gerada pelas bitucas, o cigarro é proibido em locais públicos.
Saiba mais...
De um país a outro, caminhando
Esta notícia foi publicada em 01/12/2011 do sítio Gazeta do Povo. Todas as informações nela contida são de responsabilidade do autor.
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