Disciplina - Geografia

Geografia

05/03/2011

Um ponto turístico clássico que se renova

Quem tem mais de 30 anos e, na infância ou adolescência, visitou o Parque Estadual Vila Velha, em Ponta Grossa, provavelmente vivenciou as cenas a seguir: turistas subindo despreocupadamente nas gigantescas rochas para fazerem aquela foto de recordação, muitas pichações sobre as figuras esculpidas pela natureza, ou famílias inteiras fazendo piquenique em meio aos arenitos de milhões de anos. Hoje, no entanto, quem voltar ao local terá boas surpresas: o parque, localizado a 80 km de Curitiba, passou por uma reestruturação completa e sua infraestrutura permite ao visitante desvendar a área sem causar danos ao meio ambiente. Vila Velha recebe atualmente, no máximo, 815 turistas por dia. São 60 mil visitantes, anualmente. O controle é bastante rígido e os carros dos visitantes são obrigados a ficar estacionados na entrada – um ônibus local leva os visitantes mais adiante. No local, uma das opções de passeio é apreciar o conjunto de arenitos por trilhas de 2,5 km de formação rochosa e vegetação local, em um tour que tem 1h30 de duração.
As figuras gigantescas, esculpidas naturalmente nas rochas, pela ação das chuvas e dos ventos, realmente mexem com a imaginação dos visitantes. Durante o giro, é possível apreciar rochas em forma de camelo, índio, noiva, garrafa, bota, esfinge e, é claro, a taça, um dos clássicos símbolos do parque. O que parece mistério e já rendeu muitas lendas locais, tem respostas científicas. As formações são o resultado do depósito de um grande volume de areia, há aproximadamente 340 milhões de anos, no período carbonífero, quando a região estava coberta por um lençol de gelo. Com o descongelamento, a erosão normal e as águas dos riachos, esses depósitos foram retalhados, originando os arenitos de Vila Velha.
Além das formações rochosas, o parque de 3.122 hectares tem duas outras atrações: a Lagoa Dourada, que possui este nome porque ao pôr do sol suas águas ficam com um brilho amarelado – onde se banham traíras e bagres; e furnas, com destaque para o poço natural de 80 metros de diâmetro por 107 metros de profundidade (dos quais 53 estão cheios d’água), com vasta vegetação e água no seu interior (lençol subterrâneo). O elevador, que levava o visitante até lá embaixo, foi interditado e não há previsão de quando voltará a funcionar.
Como o parque está exposto à ação atmosférica, a transformação das rochas são contínuas. Tudo depende de quanto vento e chuva a rocha vai pegar. Por isso, vale visitar o lugar de tempos em tempos e ver se um novo animal ou figura está dando as caras nas rochas.
Serviço:
Aberto para visitação de quarta a segunda-feira das 8h às 17h30, porém a bilheteria fecha às 15h30. O ingresso para conhecer apenas os arenitos custa R$ 15 para estrangeiros e R$ 10 para brasileiros. Informações: (42) 3228-1138 ou 3228-1539.
Esta notícia foi publicada em 10/02/2011 do sítio Gazeta do Povo. Todas as informações nela contida são de responsabilidade do autor.
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