Disciplina - Geografia

Geografia

03/02/2011

Arquiteta cria método para melhorar projetos de urbanização

“Não basta cuidar só da infraestrutura e do espaço público”, afirma a pesquisadora. Para a arquiteta, primeira brasileira a receber o Prêmio Iberoamericado de melhor tese de Investigação Sobre Moradias Sustentáveis, no México, pensar no espaço interno das casas é um bom começo para um projeto. “Permitir, por exemplo, que uma família viva em um lugar onde a luz do sol não bate em nenhum momento do dia é um grande risco, já que a própria casa se torna um foco de doença”, explica a arquiteta.
Segundo Patrícia, que defendeu sua dissertação na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP, dois graves problemas ainda acontecem quando o assunto é urbanização em favelas: a consolidação de moradias inabitáveis e a construção de conjuntos habitacionais, dentro do espaço da própria favela, que não correspondem às especificidades da mesma. De acordo com a pesquisadora, a falta de espaço vazio nas cidades, destinados à Habitação de interesse social, faz com que as pessoas de baixa renda, que não tem condição de alugar ou comprar uma propriedade, busquem as favelas. A pesquisadora explica que o que ocorre é que, após anos de descaso do poder público, o número de favelas e moradores favelados é tão grande que não é viável construir casas para todos e remover todas as favelas. “Por isso se urbaniza favelas; pensando no bem-estar do moradores, e no perigo que é a insalubridade e os riscos de desabamento, incêndios e enchentes. Urbanizar favelas é respeitar o valor que as famílias já investiram em suas casas, e é um direito adquirido”, esclarece Patrícia.
Receitas
O estudo procura sistematizar tecnicamente alguns critérios cruciais que devem ser levados em conta em um projeto de urbanização, tanto por meio de tabelas quanto indicadores. A autora do trabalho considerou dois tipos de moradia: aquela construída pelo próprio morador, que está para ser consolidada, e a nova moradia, que vai ser construída pelo poder público. As "novas unidades construídas" podem evitar problemas como a sobreposição de funções.
Aqui Texto na íntegra.
Esta notícia foi publicada em 12/01/2011 do sítio USP. Todas as informações nela contida são de responsabilidade do autor.
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