Geografia
05/10/2010
Do grão à fortaleza
Jason GallasAfinal, o que faz os castelos de areia se manterem de pé? Um especialista sacia a curiosidade de nosso leitor.
A estabilidade de um castelo de areia resulta de uma combinação de vários fatores. Entendê-los é, ainda hoje, motivo de pesquisas avançadas sobre a matéria em estado granular (ver ‘As mil e uma maravilhas dos meios granulares’, na CH 136).
Qualquer criança que já fez castelos sabe que areia com pouca ou muita água faz castelos ruírem. A principal questão a ser levada em conta para se conseguir uma construção firme é a chamada tensão superficial. Trata-se de um efeito que ocorre em uma camada do líquido que leva sua superfície a se comportar como uma membrana elástica, fazendo, por exemplo, com que insetos possam se locomover sobre a água.
Ao penetrar na areia, a água forma o que se chama de ‘pontes de líquido’, fazendo com que os grãos fiquem unidos
Ao penetrar nos finos canais entre os grãos de areia, a água forma o que se chama de ‘pontes de líquido’, cuja elevada tensão superficial é responsável pela aderência e agregação da areia – ou seja, faz com que os grãos fiquem unidos. As pontes de líquido tornam os grãos pegajosos, o que possibilita a construção de estruturas com eles, como os castelos.
A areia tanto pode comportar-se como um sólido, permitindo-nos caminhar sobre ela na praia, quanto como um fluido, escoando numa ampulheta. A dificuldade básica está em caracterizar a transição entre estes dois comportamentos extremos (sólido e líquido). O tamanho e a composição da areia, por exemplo, influem nessa transição.
Apesar de todos os estudos até o presente, ainda não se encontrou um critério que permita definir sem ambiguidades o comportamento de materiais compostos de grãos, seja a mistura de remédios e cereais, seja a construção de castelos. A areia insiste em permanecer numa classe à parte, comportando-se ora como líquido, ora como sólido, para deleite das crianças e dos cientistas.
Esta notícia foi publicada em 27/09/2010 do sítio Ciência Hoje. Todas as informações nela contida são de responsabilidade do autor.
Qualquer criança que já fez castelos sabe que areia com pouca ou muita água faz castelos ruírem. A principal questão a ser levada em conta para se conseguir uma construção firme é a chamada tensão superficial. Trata-se de um efeito que ocorre em uma camada do líquido que leva sua superfície a se comportar como uma membrana elástica, fazendo, por exemplo, com que insetos possam se locomover sobre a água.
Ao penetrar na areia, a água forma o que se chama de ‘pontes de líquido’, fazendo com que os grãos fiquem unidos
Ao penetrar nos finos canais entre os grãos de areia, a água forma o que se chama de ‘pontes de líquido’, cuja elevada tensão superficial é responsável pela aderência e agregação da areia – ou seja, faz com que os grãos fiquem unidos. As pontes de líquido tornam os grãos pegajosos, o que possibilita a construção de estruturas com eles, como os castelos.
A areia tanto pode comportar-se como um sólido, permitindo-nos caminhar sobre ela na praia, quanto como um fluido, escoando numa ampulheta. A dificuldade básica está em caracterizar a transição entre estes dois comportamentos extremos (sólido e líquido). O tamanho e a composição da areia, por exemplo, influem nessa transição.
Apesar de todos os estudos até o presente, ainda não se encontrou um critério que permita definir sem ambiguidades o comportamento de materiais compostos de grãos, seja a mistura de remédios e cereais, seja a construção de castelos. A areia insiste em permanecer numa classe à parte, comportando-se ora como líquido, ora como sólido, para deleite das crianças e dos cientistas.
Esta notícia foi publicada em 27/09/2010 do sítio Ciência Hoje. Todas as informações nela contida são de responsabilidade do autor.