Disciplina - Geografia

Geografia

03/12/2007

Mudanças climáticas: Jacarta quer compensação dos mais ricos para conter desmatamento

Poluídores A Indonésia, com cerca de 120 milhões de hectares, é o terceiro maior país do mundo em extensão de florestas, atrás do Brasil e da República do Congo. Mas também é, segundo as organizações de defesa do meio ambiente, o que sofre um desmatamento mais rápido. Por isso é o terceiro maior emissor de carbono do planeta, atrás dos Estados Unidos e da China. Até agora, o país não conseguiu se beneficiar do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (CDM, sigla em inglês), fixado no Protocolo de Kyoto para premiar economicamente a conversão de terras em florestas. Os programas CDM aprovados pela ONU permitem a obtenção de Certificados de Redução de Emisões (CER), negociáveis no mercado internacional com os países industrializados, que devem reduzir as suas emissões de CO2. A Indonésia e outros países se queixam da dificuldade de cumprir as condições para a aprovação dos programas. Eles exigem, por exemplo, demonstrar que os espaços reflorestados não tiveram cobertura florestal durante os últimos 50 anos. Assim, outro objetivo de Jacarta será a flexibilização dos requisitos dos CDM, que poderia se tornar outra fonte de financiamento para avançar na luta contra a mudança climática. A Indonésia, da mesma forma que outros países em vias de desenvolvimento com grandes áreas verdes, insiste que os países industrializados são os principais culpados pelo aquecimento global e devem pagar para se beneficiar do efeito das florestas tropicais sobre o planeta.
Preço Segundo Elfian Effendy, diretor da ONG ambientalista Greenomics Indonesia, o país conta com 36,5 milhões de hectares de florestas protegidas. O seu valor econômico estaria entre US$ 105 e 113 bilhões. Já os 36,7 milhões de hectares de florestas de produção chegam a valer de US$ 111 a 121 bilhões. "Se os países desenvolvidos querem que a Indonésia mantenha uma posição de desmatamento zero, terão que pagar cerca de US$ 278 bilhões de dólares como compensação" declarou recentemente Effendi à agência estatal "Antara".
(Fonte: Folha Online)
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