Geografia

19/04/2010

50 anos - A beleza monumental de Brasília

Um fim de semana é suficiente para conhecer os principais atrativos de Brasília: os prédios desenhados por Niemeyer. Para começar essa viagem pela arquitetura moderna, o ponto de partida ideal é a Praça dos Três Poderes. Lo­­ca­­lizada na Es­­pla­­nada dos Mi­­nistérios, como o próprio nome já diz, a praça concentra os três poderes da república. Todos estão abrigados em edifícios desenhados por Nie­­meyer. No Congresso Nacional, fica o Legislativo e no Palácio do Planalto, a chefia do Executivo. O Judiciário é representado pelo prédio que abriga o Supremo Tribunal Federal (STF). O Congresso oferece visitas guiadas, inclusive nos fins de semana. As equipes de visitação saem a cada 30 minutos, do Salão Negro, e não é preciso fazer agendamento no caso de grupos com menos de 15 pessoas. Durante a semana, é necessário ter atenção especial ao traje. Nos dias de trabalho parlamentar na Casa, não é permitido entrar usando bermudas, shorts, camiseta sem mangas ou chinelos.
No Supremo Tribunal Federal, as visitas são apenas nos fins de semana, das 10 horas às 17h30. Também não é preciso agendar a visitação e não há restrições de traje. Já o Palácio do Planalto está fechado para visitação no mo­­mento, passando por reforma. Anteriormente, o prédio recebia visitantes apenas aos domingos, das 9h30 às 15 horas. Até a semana passada, ainda não havia confirmação de como essas visitações vão funcionar quando o palácio reabrir.
Próximos à Praça dos Três Po­­deres, ainda estão o Palácio Ita­­maraty (ao lado do Supremo Tri­­bunal Federal) e o Palácio da Jus­­tiça (ao lado do Palácio do Planalto). Ambos surpreendem pela mistura da arquitetura com o paisagismo, assinado pelo artista Roberto Burle Marx. No Ita­maraty, o espelho d’água é enfeitado pela escultura Meteoro, do artista plástico Bruno Giorgi. O Palácio da Justiça – que abriga o Ministério da Justiça – tem na fachada calhas de concreto que imitam cascatas. A beleza dos dois ganha destaque à noite.
Um pouco mais distante da Praça dos Três Poderes, mas ainda na Esplanada dos Ministérios, fica a Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida ou, simplesmente, a Catedral de Brasília. Em formato circular, ela é formada por 16 pilares curvos de concreto que apontam para o céu e o acesso é feito por meio de uma passagem subterrânea. O interior revela um espaço todo recoberto de mármore branco e envolto por vitrais, o que confere à catedral uma claridade intensa. No teto, as esculturas de anjos, suspensas por cabos de aço, dão um toque celestial ao interior do local. Atualmente, o prédio também está fechado para reformas. A previsão é que seja reaberto neste mês. A princípio, para o aniversário da cidade.
Próximos à Catedral ficam dois novos prédios que compõem o Conjunto Cultural da República: a Biblioteca Nacional e o Museu da República. O conjunto foi inaugurado em 2006 e ainda possui um acervo escasso. Por isso, vale mais para uma foto que para visitação – principalmente no caso do Museu da República. No formato de uma meia esfera, o prédio é rodeado por uma rampa, o que dá a ele o aspecto de disco voador.
Fora da Esplanada
Embora a Esplanada dos Minis­­térios concentre as principais atrações turísticas de Brasília, existem outros locais espalhados pela cidade que também merecem visitação. Se­­guindo pelo Eixo Monumental (avenida que corresponderia ao “corpo do avião”), o turista encontra o Museu JK – prédio em forma de trapézio, revestido em mármore branco, onde é contada a história de Juscelino e, em parte, a de Brasília. Próximo ao Eixo fica a Praça dos Cristais, localizada no Setor Militar Urbano. A praça, com paisagismo de Burle Marx, é uma mistura perfeita entre o concreto e o verde. Uma paisagem que não agrada a todos, mas que, sem dúvida, dificilmente já se viu igual em outro lugar – como quase tudo em Brasília, aliás. No Lago Paranoá, fica uma das novas atrações da cidade e uma das poucas que não foram desenhadas por Niemeyer, a Ponte JK, projetada pelo arquiteto Ale­xandre Chan. Ela liga a saída do Eixo Monumental ao fim do Lago Sul e lembra uma pedra quicando na água. Inaugurada em dezembro de 2002, a ponte já é um símbolo da cidade. Fica ainda mais bonita durante a noite, com a iluminação dos arcos suspensos.
Fonte: Gazeta do Povo - ( Texto na íntegra)
Publicado em 15/04/2010. Todas as modificações posteriores são de responsabilidade do autor do texto.