Disciplina - Geografia

Geografia

09/11/2009

Berlim comemora hoje os 20 anos da queda do Muro

Berlim promete comemorações durante todo o dia para o que chama de "festa da liberdade". As celebrações lembram o momento clímax da lenta desintegração dos regimes comunistas da Europa Oriental, a reforma da União Soviética e a reunificação da Alemanha e do continente europeu. A construção da barreira que dividia a capital alemã despontou na paisagem da cidade em apenas uma noite --do dia 12 para o dia 13 de agosto de 1961. O Muro foi resultado de um decreto aprovado pela Câmara do Povo da República Democrática Alemã (RDA) em 12 de agosto. Inicialmente construída com arame farpado e blocos, a barreira foi substituída por uma série de muros de concreto que chegavam a cinco metros de altura e 120 km de extensão. A segurança era fortalecida por arame farpado, torres de vigilância, um campo minado e muitos guardas. A medida drástica foi uma reação à fuga de alemães do oeste que ameaçava a estabilidade da RDA, com a perda de cerca de 3 milhões de pessoas --a maioria trabalhadores qualificados e intelectuais. Na noite de 9 de novembro de 1989, o mundo assistiu incrédulo o espetáculo de milhares de alemães orientais apertando as mãos dos compatriotas no Ocidente, após a inesperada abertura das passagens com o anúncio equivocado de um porta-voz mal informado. Nesta segunda, a chanceler Angela Merkel, que cresceu na ex-Alemanha Oriental e cuja carreira política começou com a queda do Muro, receberá diplomatas e líderes mundiais na famosa festa no Portão de Brandemburgo.Também são esperados líderes das antigas potências que ocuparam a cidade de Berlim dividida --como o primeiro-ministro inglês, Gordon Brown, além dos presidentes francês e russo, Nicolas Sarkozy, e Dmitri Medvedev, respectivamente. Os Estados Unidos serão representados pela secretária de Estado Hillary Clinton. O Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso também confirmou presença. Entre os ilustres convidados são esperados o último líder soviético Mikhail Gorbatchov, cujas reformas na então União Soviética ajudaram a encerrar a fronteira de 120 km de extensão que dividiu as duas Alemanhas. Ainda haverá um concerto ao ar livre da orquestra da Staatsoper de Berlim, com o maestro argentino-israelense Daniel Barenboim. As autoridades alemãs e estrangeiras discursarão diante de milhares de dominós de 2,50 metros de altura que vão cair por dois quilômetros para simbolizar a queda do Muro que dividiu Berlim por 28 anos desde 1961. O governo alemão divulgou ainda que haverá queima de fogos e shows, além de uma gigante corrente humana que irá marcar o antigo traçado do Muro. A cidade espera a presença de 100 mil pessoas para as festividades da noite. Se a chuva der uma trégua na capital alemã, esperam-se mais visitantes do que 1999 --durante as comemorações dos dez anos da queda do Muro, quando apenas 30 mil dos 100 mil esperados enfrentaram a chuva e o frio para assistir a uma celebração sóbria, longe da alegria prometida.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br - 9/11/2009
Recomendar esta notícia via e-mail:

Campos com (*) são obrigatórios.