Disciplina - Geografia

Geografia

20/07/2009

Satélites da Nasa indicam redução de camada de gelo do Ártico

A informação foi obtida a partir das últimas imagens feitas pelos satélites da Nasa (agência espacial norte-americana), e divulgadas no início desse mês. "Esta é mais uma prova da rápida transformação que está ocorrendo na camada de gelo que cobre o Ártico", diz o Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (JPL) em comunicado. Segundo estudos científicos, essa transformação foi causada pelo aumento das temperaturas atmosféricas no mundo todo --cujos resultados são evidentes, também, nas geleiras da Groenlândia e da Antártida. Em um relatório divulgado pela revista "Journal of Geophysical Research: Oceans", cientistas da Nasa e da Universidade de Seattle disseram ter usado dados dos satélites para calcular o volume e a grossura do gelo ártico. De acordo com essas medições, a camada de gelo diminuiu cerca de 17 centímetros por ano, o que somou um total de 68 centímetros, em um período de quatro invernos. Por outra parte, a superfície total coberta pelo chamado "gelo eterno", ou que sobreviveu por vários verões, caiu 42%. Geralmente, o gelo formado apenas no inverno chega a uma altura de dois metros. O que sobrevive vários anos tem uma média de três metros. Segundo os últimos estudos, o gelo do inverno não foi suficiente para compensar a perda natural que ocorre no verão. Essa situação leva a um maior aquecimento dos oceanos e a um conseguinte degelo polar, o que agrava a situação. De acordo com o comunicado do JPL, entre 2004 e 2008, a cobertura de gelo ártico diminuiu em 1,54 milhão de quilômetros quadrados, uma área equivalente à do estado americano do Alasca. Segundo Ron Kwok, cientista do JPL, a restituição virtualmente nula do gelo durante vários anos, junto com o desprendimento de grandes volumes após os verões de 2005 e 2007, teve uma grande influência na perda do volume do gelo ártico. "Nossos dados ajudarão os cientistas a compreender a rapidez com que o volume do gelo ártico está diminuindo e em quanto tempo poderemos ver um verão quase sem gelo", informou.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br
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