Disciplina - Geografia

Geografia

13/12/2008

Requião apresenta no Rio medidas para ajudar o Brasil a superar a crise

O governador fez um balanço das políticas de desenvolvimento social e econômico do Paraná e apresentou as propostas obtidas do seminário “Crise – Rumos e Verdades”, ocorrido nesta semana em Curitiba.
“Para falar do Brasil que queremos, permitam que eu cante a minha aldeia. É possível que lá identifiquemos alguns dos fundamentos básicos para a construção da Nação Brasileira. Sob os limites de nossa competência, com as restrições que as leis e as circunstâncias impõem, estamos fazendo a nossa parte”, declarou o governador.
Requião citou os investimentos do Governo do Paraná em educação – inclusive em ensino superior, ciência e tecnologia -, a recuperação da Copel, do Porto de Paranaguá, da Ferroeste e a reconstrução da estrutura estatal sobretudo do resgate do papel do Estado no planejamento e execução de políticas públicas. Explicou também a política tributária paranaense. Ao informar aos participantes do evento sobre o projeto que tramita na Assembléia Legislativa e que reduz para 12% o ICMS de 95 mil itens, o governador do Paraná foi aplaudido.
“Na quarta-feira (10), a Assembléia aprovou, em primeira discussão, esse projeto de lei, de nossa iniciativa. Essa medida foi pensada antes da crise e revela-se agora mais oportuna que nunca. O estímulo ao consumo significa estímulo à produção e, por coroamento, a manutenção dos empregos. E isso é o que importa neste momento”, assinalou o governador.
Nessa e em outras medidas - como a isenção de imposto para micros e pequenas empresas, e ainda a dilação de pagamento do tributo para empresas que invistam em municípios mais pobres - “o princípio é sempre o mesmo”, reiterou Requião: “é fazer da política fiscal, fazer do imposto uma ferramenta para incitar investimentos e gerar mais empregos”.
EMPREGOS - Os resultados estão comprovados nas estatísticas. O governador lembrou que o Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, aponta o Paraná como o Estado que mais cria empregos formais, proporcionalmente ao número de habitantes.
O Caged mostra que, desde 2003, início da atual gestão, até este ano, a quantidade de vagas com carteira assinada criadas no mercado de trabalho chega a 627 mil, contra apenas 37 mil do governo anterior, “quando a política fiscal era um instrumento para conceder benesses absurdas às multinacionais”.
Os programas Trator Solidário, Leite das Crianças, Tarifa Social da Água e Luz Fraterna, e ainda os investimentos em 35 hospitais, na construção dos Centros de Saúde da Mulher, também foram explanados pelo governador. “Além de fortes medidas para estimular o emprego, criamos vários programas para dar dignidade à vida da nossa gente mais humilde. Afinal, para quem governamos? Buscamos a construção de um Estado, de uma Nação para quem? O Brasil para quem? Para os outros, dos outros, ou para a nossa gente? Um Brasil desenvolvido, econômica e socialmente equilibrado, ou o país que se notabiliza pela má distribuição de renda e pelas desigualdades regionais?”
PROPOSTAS - O governador Roberto Requião resumiu aos participantes as propostas levantadas no seminário “Crise – Rumos e Verdades”, promovido pelo Governo do Paraná nesta semana, em Curitiba. O evento reuniu economistas, professores, pesquisadores e autoridades do Brasil, América Latina, Estados Unidos e Europa.
Estatização do crédito, controle do câmbio, investimentos em infraestrutura, desoneração do consumo e fortalecimento do Mercosul, inclusive com a instituição de moeda única na região, foram as ideias apontadas pelos debatedores como saídas para o País escapar dos efeitos mais nefastos da crise financeira internacional.
“O cavalo da História está passando mais uma vez diante de nós. Há 200 anos, abriram-se os nossos portos e, perdoem-me a platitude, a trivialidade, ficamos a ver navios. Vamos continuar na contemplação?”, indagou o governador, ao recordar que, em outras crises mundiais, o Brasil, com suas riquezas e potencialidades, teve a oportunidade de se tornar soberano, independente economicamente.
“Na verdade, mais uma vez, uma crise mundial propicia o relançamento de projetos nacionais, sempre inibidos, contidos ou frustrados pela supremacia dos países centrais sobre o mundo subdesenvolvido - em desenvolvimento ou emergente, seja qual o eufemismo que se queira usar”, afirmou Requião.

Fonte:http://www.aenoticias.pr.gov.br/modules/manchetes/article.php?storyid=13804
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