Geografia
17/09/2007
Fogo que arde sem se ver
Fogo que arde sem se ver
Nesta semana, dois incêndios em Unidades de Conservação – um na divisa entre os parques estaduais Pico do Paraná e Roberto Ribas Lange, na Serra do Mar, e outro na Área de Proteção Ambiental (APA) Serra da Esperança, na região de Guarapuava – deram trabalho a técnicos do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Corpo de Bombeiros, Polícia Ambiental, Defesa Civil e voluntários.Na Serra do Mar, o trabalho de combate ao fogo começou no último domingo (09) e ainda não tem previsão para ser concluído. O fogo já consumiu cerca de 70 hectares de mata atlântica e continua queimando sob o solo. É fogo que arde sem se ver, é ferida na mata que dói e que se sente.
Até o final da tarde de ontem, considerávamos extinto o incêndio no morro do Getúlio, que integra o complexo de montanhas Pico do Paraná. Mas no início da manhã desta sexta-feira (14), novos focos surgiram com intensidade na parte inferior do morro. A dinâmica deste elemento da natureza é realmente incrível...
Já em outro morro do complexo, o Caratuva, o trabalho continua intenso. Segundo o Simepar, há previsão de chuvas isoladas na região na Serra do Mar na tarde do próximo domingo (16). Esta é uma boa notícia, pois, mesmo que chova pouco, já aumenta a umidade do ar e ajuda a diminuir a intensidade do fogo.
Na Serra da Esperança, cerca de 20 pessoas controlaram um incêndio de grandes proporções. Neste final de semana, o presidente do IAP Vitor Hugo Burko irá dimensionar a área atingida e definir medidas para prevenir novos focos de incêndio na região.
A situação está ficando sob controle, mas ainda há muito por fazer para proteger do fogo os nossos remanescentes florestais. Os incêndios são provocados por ação humana; crimes e descuidos que fazem arder o nosso patrimônio ambiental.
Jogar pontas de cigarro, iniciar fogueiras em ambientes secos e com vento ou soltar balões são atitudes que não devem existir. E, caso existam,devem ser denunciadas por toda a população. Em caso de incêndio, deve-se comunicar imediatamente ao Corpo de Bombeiros, Defesa Civil ou escritório do IAP mais próximo.
Faça a sua parte, não deixe a natureza arder em chamas – pois sem ela, nós nada seríamos - e evite o aumento da quantidade de gás carbônico na atmosfera!
Rasca Rodrigues, secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná
Fonte: Boletim Lobo Guará, SEMA/PR, 14 de setembro de 2007
