Disciplina - Geografia

Geografia

29/04/2008

ONU pede US$ 500 milhões até maio para alimentar 78 países

Segundo o PMA (Programa Mundial de Alimentos), a disparada nos preços de produtos básicos exclui essas populações do mercado de alimentos.
O apelo por mais verba foi feito pela diretora-executiva do PMA, Josette Sheeran, em carta aos países doadores. Sheeran, que tem alertado há semanas para o risco dos altos preços, atribuiu o fenômeno à forte demanda da China e da Índia e também ao uso de alimentos como biocombustíveis.
Cálculos da agência indicam que 91 milhões de toneladas de cereais são desviados anualmente para a produção de biocombustíveis.
O PMA diz que precisa da verba extra para cobrir o buraco no orçamento, que, no último ano, foi de US$ 2,9 bilhões. Com a alta no preços das commodities agrícolas, a despesa deve chegar a US$ 3,4 bilhões, diz a agência.
Para continuar a alimentar 73 milhões de pessoas em 78 países, os recursos devem ser arrecadados até 1º de maio. A escalada nos preços de alimentos e de combustíveis significa "simplesmente que as pessoas estão sendo excluídas do mercado de comida", disse Sheeran.
Só em Darfur, região mergulhada em conflito e pobreza no Sudão, o PMA fornece alimentos a 3 milhões de pessoas diariamente. Segundo Sheeran, em alguns casos, os preços de grãos subiram até 55% desde junho do ano passado. Para ela, a tendência não deve mudar tão cedo.
"Nossa avaliação é que os preços de alimentos continuarão altos pelo menos pelos próximos dois anos." O resultado disso é a criação de uma população de "novos famintos" em países da América Latina, da Ásia e da África.
Sheeran alertou que a alta de preços deve ser tratada com urgência, antes que aumente a desnutrição e cause instabilidade social.
Fonte:MST/Com agências internacionais

Fonte:http://www.apn.org.br/apn/index.php?option=com_content&task=view&id=253&Itemid=41
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