Trajetória dos Brics
Nos últimos dois séculos a trajetória dos Brics foi desigual. Suas relações recíprocas nos últimos 50 anos foram laterais, podendo ser considerada uma exceção, a Rússia e a China, pois durante a fase da construção do socialismo em território chinês, as relações se estreitaram. Enquanto que no cenário da economia mundial dos últimos 20 anos, os Brics interagiram pouco, enquanto que entre os países do grupo houve uma maior interação.Também devemos salientar que existem muitas diferenças entre os Brics . Podemos citar o exemplo da Rússia, Índia e China que são grandes potências militares, e sempre engajados em termos armamentistas. Bem diferente do Brasil, que nunca seguiu essa linha. Já a África do Sul teve um programa nuclear na década de 70, mas desmantelou o programa em 1991, após assinar Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares.
Além disso dois membros do Brics, Rússia e China, são membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Enquanto que os outros dois membros, Brasil e Índia, integram as Nações G4, cujo objetivo é ter um lugar permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas. A África do Sul foi um membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas entre 2007 e 2008, e gerou polêmica ao votar contra uma resolução criticando o governo de Myanmar em 2006 e contra a aplicação de sanções contra o Zimbabué, em 2008. Os Brics também diferem entre si, em outros quesitos como recursos naturais, graus de industrialização e capacidade de impacto na economia mundial.